terça-feira, 24 de abril de 2012

No Dia Mundial do Livro

No Dia Mundial do Livro, 12 livros indispensáveis que já (quase) ninguém lê e de que (quase) ninguém fala.
1) Decameron (1358) – Boccaccio
2) Lazarillo de Tormes (1554) – Anónimo
3) Menina e Moça (1554) – Bernadim Ribeiro
4) Ensaios (1595) – Michel de Montaigne
5) Hamlet (1601) – William Shakespeare
6) D. Quixote de La Mancha (1615) – Miguel de Cervantes
7) The History of Tom Jones, a Foundling ...
(1749) – Henry Fielding
8) Jacques, o Fatalista (1796, póstuma) – Denis Diderot
9) Contos (1880-1892) – Anton Tchekov
10) A idade da Inocência (1920) – Edith Wharton
11) Debaixo do Vulcão (1947) – Malcom Lowry
12) Mau tempo no canal (1944) – Vitorino Nemésio
Podia continuar a tarde toda, sem falar dos óbvios (por isso aqui faltam Eça, Camilo, Saramago, Steinbeck, Hemingway, Roth, Borges, Veríssimo, Assis, Proust, Stendhal, Hugo, Joyce, Beckett e tantos outros). Apenas quis referir os que quase ninguém lê e que nunca são falados. Além destes, recomendo mais três Bíblias
1) A Bíblia (ca 900 aC – ca 140 dC)
2) A Riqueza das Nações (1776) – Adam Smith (a Bíblia da Economia)
3) Declínio e queda do Império Romano (1776) – Edward Gibbon (a Bíblia da História)

O melhor é que a maioria destes livros estão online, de graça.
Sugiram outros

CUCOS

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ http://vimeo.com/26321909

CONVIVENCIA




http://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo

FRUTOS SECOS DIMINUEM PESO E FACTORES DE RISCO CARDIOVASCULAR

Os indivíduos que consomem frutos secos apresentem um menor peso corporal e factores de risco cardiovascular, sugere um estudo publicado no Journal of the American College of Nutrition”, avança o Portal da Saúde do ALERT Life Sciences Computing.

Para o estudo, os investigadores da Louisiana State University Agricultural Center, nos ...
EUA, contaram com a participação de 13.292 indivíduos, com mais de 19 anos, para avaliar o efeito do consumo de frutos secos, nomeadamente amêndoas, castanhas do Brasil, castanha de caju, avelãs, nozes macadâmias, pinhões, pistacho e nozes, nos factores de risco cardiovasculares, na diabetes tipo 2 e na síndrome metabólica.

O estudo apurou que o consumo destes frutos estava associado com uma prevalência 5% menor da síndrome metabólica, um nome dado a um conjunto de factores de risco que, em conjunto, aumentam o risco de doença arterial coronária, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2. Adicionalmente, os investigadores também constataram que os indivíduos que ingeriam frutos secos apresentavam uma menor prevalência de quatro factores de risco para a síndrome metabólica: obesidade abdominal, pressão arterial elevada, elevadas concentrações de glucose no sangue e níveis baixos de colesterol HDL (o chamado “bom colesterol”).

"Uma das descobertas mais interessantes foi o facto de se ter verificado que os consumidores de frutos secos apresentavam um menor peso corporal, bem como menor índice de massa corporal (IMC) e ainda um menor perímetro abdominal, do que os indivíduos que não consumiam estes frutos. Em média, o peso, o IMC e o perímetro abdominal foram respectivamente 8,6Kg, 0.9kg/m2 e 2,1 cm menores para os consumidores de frutos secos do que para os não consumidores”, revelou a líder do estudo, Carol O'Neil.

Estudos anteriores realizados pela mesma equipa de investigação já tinham revelado que o consumo de frutos secos melhorava a qualidade da dieta. Assim, com base nestes resultados agora obtidos, a investigadora aconselha a que o consumo de frutos secos faça parte de uma dieta saudável e seja também encorajado pelos nutricionistas. JN

sábado, 21 de abril de 2012

N4M3 - Life Leaves The Choice




http://www.youtube.com/watch?v=5RRiIcjeJ6s

Faust - It's a Rainy Day (Sunshine Girl) 1972




Album: So Far (1972)

avec des extraits de courts métrages de Roman Polanski
et un extrait du film "Sedmikrasky" (1966) de Věra Chytilová

http://www.youtube.com/watch?v=GRxvQmTTz5I&feature=related

Can - Dizzy Dizzy (1977)



http://www.youtube.com/watch?v=gOfWKzMgeac&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=gOfWKzMgeac&feature=related

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Flaming Lips - I am the Walrus




http://www.youtube.com/watch?v=CaW4FciCdiQ&feature=share

Love Me, I'm a Liberal - Phil Ochs




http://www.youtube.com/watch?v=GD5wa7duofo&feature=share

guards - Do It Again




http://www.youtube.com/watch?v=j3Fg3T-K0u8

b (fachada) - A Primavera




http://www.youtube.com/watch?v=HnR4_buXaFQ

PROSPERAR: O Que Será Necessário?




http://www.youtube.com/watch?v=12jQbkF4OCY&feature=youtu.be

Relaxing, Peaceful, Sleepy Music - Ancient Air




I love this if your stressed listen!

http://www.youtube.com/watch?v=p2_TTKk7Us0&feature=share

U2 - Where the streets have no name




http://www.youtube.com/watch?v=Hvfz2ujTN6E&feature=share

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Arms And Sleepers — The Dying Animal / Nova




http://www.youtube.com/watch?v=wNrTtmt4LHk&feature=share

Bruno Nogueira comenta crónica de José Antonio Saraiva sobre Homosexuais




http://www.youtube.com/watch?v=2f_wprqp_AE&feature=share
LEITURA DA TENSÃO ARTERIAL DEVE SER FEITA EM AMBOS OS BRAÇOS Há evidências crescentes de que a medição da tensão arterial em ambos os braços deve tornar-se parte da rotina de monitorização de doentes com hipertensão, de acordo com investigadores britânicos, citados pelo Nursing Times. Os cientistas alertam que enquanto as orientações no Reino Unido para a hipertensão recomende, a medição nos d...ois braços, a prática "continua a ser realizada selectivamente em ambientes de cuidados primários". Os investigadores da Peninsula College of Medicine, em Devon, descobriram que doentes com hipertensão com diferentes leituras de tensão arterial em cada braço tinham uma redução da hipótese de sobrevivência em 10 anos. Os resultados seguem um estudo realizado pela mesma equipa, publicado no início deste ano, que revelou que leituras diferentes em cada braço prevêm a sobrevida reduzida em cinco anos. No estudo mais recente, os cientistas avaliaram 230 doentes e descobriram que uma diferença de 10-15mmHg ou mais na pressão arterial sistólica entre os braços está associada a uma redução na sobrevida livre de eventos ao longo de 10 anos. Os autores disseram que o estudo apoia a perspectiva da "diferença inter-braço como um simples indicador de risco cardiovascular". A avaliação da pressão arterial em ambos os braços deve tornar-se um "componente essencial" para tratar doentes com hipertensão nos cuidados primários, defendem os autores do estudo. Notícias relacionadas Uvas e soja: armas eficazes para prevenir a hipertensão. Hipertensão: devem ser as crianças a educar os pais a adquirir bons hábitos alimentares. J:N:

terça-feira, 17 de abril de 2012

Simple Minds - Stay Visible



he road opens wide,
And there is space here for two of us.
If I could slip under the wire,
We'd wait here, just stay here, a while.
Slumped.
My body's tired,
And this fear,
It never lets me sleep.
In your smile,
This trial elates.
And in your eyes,
I see mother's open gates.

If fortune would smile,
There'd be room here for two of us.
And I would burn myself through the wires.
With this hate, concentrated, unearthed, disparate,
All of this in time...

Once in a while,
If peace held for two of us,
Or if we could show mercy awhile,
With patience, transcending, this coldness, neverending, through time.

Because if home still matters,
And if these bones were not so battered,
What state then?
I'm so desparate,
Stuck within a hollow shell,
In some forgotten state...
Come tear the dirt from my eyes!

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=thswv2YPcBw&NR=1

Simple Minds Graffiti Soul



http://www.youtube.com/watch?v=XvuicODck6A

New Gold Dream - Simple Minds




http://www.youtube.com/watch?v=VS8Br1vEzfM&feature=related

Simple Minds - Waterfront



http://www.youtube.com/watch?v=HWoxPCf2zaE&feature=related

sábado, 14 de abril de 2012

Electric Light Orchestra - Mr Blue Sky




http://www.youtube.com/watch?v=bjPqsDU0j2I

Associação Fazer Avançar

E começa a chegar aos media, o que é sempre um sinal animador pois traz possibilidades num mundo noticioso de profecias de desgraça Referência no Região de Leiria sobre a Associação Fazer Avançar. "São jovens, têm ideias e querem ver Leiria a sorrir" -> http://www.fazer-avancar.com/press/2012-03-23-RL-afa-lhc-web.jpg
http://www.fazer-avancar.com/press/2012-03-23-RL-afa-lhc-web.jpg
SABER TERMINAR UMA AMIZADE INDESEJÁVEL

Sucede, também, como por calamidade, que algumas vezes é necessário romper uma amizade: porque passo agora das amizades dos sábios às ligações vulgares. Muitas vezes quando os vícios se revelam num homem, os seus amigos são as suas vítimas como todos os outros: contudo é sobre eles que recai a vergonha. É preciso, pois, desligar-se de tais amizades —, afrouxando o laço pouco a pouco e, como ouvi dizer a Catão, é necessário descoser antes que despedaçar, a menos que se não haja produzido um escândalo de tal modo intolerável, que não fosse nem justo nem honesto, nem mesmo possível, deixar de romper imediatamente. Mas se o carácter e os gostos vierem a mudar, o que acontece muitas vezes; se algum dissentimento político separar dois amigos (não falo mais, repito-o, das amizades dos sábios, mas das afeições vulgares), é preciso tomar cuidado em, desfazendo a amizade, não a substituir logo pelo ódio. Nada mais vergonhoso, com efeito, que estar em guerra com aquele que se amou por muito tempo. (...) Apliquemo-nos, pois, antes de tudo, em afastar toda a causa de ruptura: se contudo, acontecer alguma, que a amizade pareça antes extinta do que estrangulada. Temamos sobretudo que ela não se transforme em ódio violento, que traz sempre consigo as querelas, as injúrias, os ultrajes. Por nós, suportemos esses ultrajes quanto forem suportáveis e prestemos esta homenagem a uma antiga amizade, de modo que a culpa caiba a quem os faz e não àquele que os sofre. Mas o único meio de evitar e prevenir todos os aborrecimentos é não dar a nossa afeição nem muito depressa, nem a pessoas que não são dignas. São dignos da nossa amizade aqueles que trazem consigo os meios de se fazer amar. Homens raros! De resto, tudo que é bom é raro e nada é mais difícil do que achar alguma coisa que seja em seu género perfeita em tudo. Mas a maior parte dos homens não conhece nada de bom nas coisas humanas senão o que lhes interessa e tratam seus amigos como aos animais, estimando mais aqueles de quem esperam recolher mais proveito. Também são eles privados dessa amizade tão bela e tão natural, por si mesma tão desejável; e o seu coração não lhes faz compreender qual é a natureza e a grandeza de tal sentimento. Cada um ama-se a si mesmo, não para exigir prémio da sua própria ternura, mas porque naturalmente a sua própria pessoa lhe é cara. Se não existe alguma coisa de semelhante na amizade, não se achará nunca um verdadeiro amigo; porque um amigo, é um outro nós mesmos. Se se vê nos animais aprisionados ou selvagens, habitantes do ar, da terra ou das águas, primeiro amarem-se a si mesmos (porque este sentimento é inato em toda a criatura), em seguida desejar e procurar seres da sua espécie, para se unir a eles (e, nessa procura mostram um afã e um ardor que não deixa de ser semelhante ao nosso amor), quanto mais essa dupla inclinação na natureza do homem que se ama a si próprio e que busca um outro homem, cuja alma se confunde de tal modo com a sua que de duas não faça mais de que uma.

Marcus Cícero

Leda And the Swan



http://www.youtube.com/watch?v=YrfDAP-tnkw&feature=youtu.be

Rus Nerwich - Electric Juju - Under the Poetree




http://www.youtube.com/watch?v=CuFVBAJU610

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Gotye ft Kimbra - Somebody That I Used To Know (Paolo Ortelli vs Degree ...




http://www.youtube.com/watch?v=M1BNfXlrMGo

Throwing Muses - Bright yellow gun




With your bright yellow gun, you own the sun
And I think I need a little poison
To keep me tame keep me awake
I have nothing to offer but confusion
And the circus in my head, and the middle of the bed
In the middle of the night
With your bright silver frown, you own the town
And I think I need a little poison
I have no secrets I have no lies
I have nothing to offer but the middle of the night
And I think you need a little poison
You leak one apple a week to survive
And you still have to ask if you're alive
You have nothing to offer but police my dreams
Keep me clean keep me awake
With your bright yellow gun, you own the sun
And I think I need a little poison
With your bright silver grin, you own sin
And I think I need a little poison
Bright yellow gun

http://www.youtube.com/watch?v=wmXiOV38YLI&feature=related

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Video explains the world's most important 6-sec drum loop





http://www.youtube.com/watch?v=5SaFTm2bcac

pereza - llevame al baile acustico




http://www.youtube.com/watch?v=e84608dVaUU
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/e84608dVaUU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

10 Rum Rum - Pereza




http://www.youtube.com/watch?v=JLmK6K5hdNc

13 Princesas- Pereza




http://www.youtube.com/watch?v=DxkU7Ye0J2w

Solo Viento Nacho Vegas




http://www.youtube.com/watch?v=EJK_E2LkGlc
Ouvimos dizer que estás cansado



Ouvimos dizer que estás arrasado.
Que já não podes andar de cá para lá.
Que estás muito cansado.
Que já não és capaz de aprender.
Que estás liquidado.
Não se pode exigir de ti que faças mais
Pois fica sabendo: nós exigimo-lo.
Se estiveres cansado e adormeceres
Ninguém te acordará, nem
dirá: levanta-te, está aqui a comida.
Porque é que a comida havia de estar ali?
Se não podes andar de cá para lá, ficarás estendido.
Ninguém te irá buscar e dizer: houve uma Revolução.
As fábricas esperam por ti.
Porque é que havia de haver uma Revolução?
Quando estiveres morto, virão enterrar-te,
quer tu sejas ou não culpado da tua morte.
Tu dizes: que já lutaste muito tempo.
Que já não podes lutar mais.
Pois ouve: quer tu tenhas culpa ou não,
se já não podes lutar mais serás destruído.
Dizes tu: que esperaste muito  tempo.
Que já não podes ter esperanças.
Que esperavas tu? Que a luta fosse fácil?
Não é esse o caso: a nossa situação
é pior do que tu julgavas.
É assim: se não levarmos a cabo o
Sobre-humano, estamos perdidos.
Se não pudermos fazer o que ninguém
de nós pode exigir afundar-nos-emos.
Os nossos inimigos só esperam que nós nos cansemos.
Quando a luta é mais encarniçada é
que os lutadores estão mais cansados.
Os lutadores que estão cansados demais, perdem a batalha.

Bertolt  Brecht
018.JPG "Vocês, que se erguem agora das nuvens do corpo materno, que ainda guardam os olhos fechados de um sono profundo de anjos, que se mantêm ilesos, trazem inscrita a inocência das estrelas. Vocês, que podem começar o mundo pela primeira linha, que ainda falam o hebreu antigo e dourado, que guardam as asas dentro do corpo materno, trazem as novas flores do mundo que esquecemos. Vocês, tão iguais, tão únicos, que respiram ainda da água dúctil materna no ar onde agora vivem, que inauguram um sangue incriado, inclinam-se sobre os pássaros assustados das vossas almas recém-formadas, bebem a luz do leite, deitam-se na via láctea das mãos maternas, coabitam com os luminescentes órgãos paternos, são parte da nossa carne. Vocês, que agora chegaram, falem-nos de onde vieram, das ilhas grandiosas do corpo visto por dentro: o que é a alma? E onde está? A vocês, que ainda próximos dos anjos respiram, que trazem os olhos como diamantes, e as mãos como promessas, e os lábios como satélites, todo o mundo."

António Jorge de Paiva Jara - Cardiologista



http://www.youtube.com/watch?v=vcE2Bi4BMsY&feature=share

LEGUMES MELHORAM VIDA DAS MULHERES QUE JÁ TIVERAM CANCRO DA MAMA

As chinesas que comem repolho, brócolos e legumes folhosos têm taxas de sobrevivência do cancro da mama superiores às que não ingerem esses vegetais crucíferos, destacou um estudo apresentado na semana passada, avança a agência EFE.

As descobertas foram feitas a partir de dados recolhidos junto de 4.886 chinesas com idades entre o
s 20 e 75 anos, que sobreviveram ao cancro da mama e foram diagnosticadas com a doença nos estádios de um a quatro entre 2002 e 2006,
As mulheres que ingeriram mais legumes crucíferos durante 36 meses depois do diagnóstico tiveram uma redução do risco de morte em 27% comparativamente àquelas que reportaram comer pouco ou nenhum destes legumes. O risco de morrer de cancro da mama caiu de 22% para 62% entre as que disseram comer estes legumes e o risco de voltar a ter uma recorrência de cancro de mama caiu de 21% para 35%.

Sarah Nechuta, doutoranda da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, nos EUA, disse que as descobertas sugerem que as sobreviventes de cancro da mama “podem considerar o aumento da ingestão de legumes crucíferos, como os folhosos, o repolho, a couve-flor e os brócolos, como parte de uma dieta saudável”.

Sarah Nechuta, que apresentou o estudo durante um encontro da Associação Americana para a Pesquisa sobre o Cancro, em Chicago, EUA, destacou que as dietas costumam variar entre as chinesas e as ocidentais. “Os legumes crucíferos muito consumidos na China incluem nabo, repolho chinês e folhosos, enquanto os brócolos e a couve-de-bruxelas são os crucíferos mais consumidos nos EUA e noutros países ocidentais”, afirmou a investigadora. “Em segundo lugar, a quantidade ingerida entre as chinesas é muito maior do que a consumida pelas mulheres americanas”, sublinhou a cientista.J.N.

COMPOSTO NATURAL TORNA-SE PROMISSOR NO TRATAMENTO DA OSTEOARTROSE


Um composto natural, extraído do zimbro, com elevado potencial para o tratamento da osteoartrose, a principal causa de incapacidades motora e laboral a partir dos 50 anos foi identificado pelos investigadores da Universidade de Coimbra (UC).
O composto identificado é o afla-pineno, também presente no eucalipto e pinheiro, que foi ...extraído do Juniperus oxycedrus, vulgarmente conhecido por zimbro, cedro-de-espanha, oxicedro ou cade.

A osteoartrose, conhecida também por reumatismo ou artrose, é uma doença que atinge fundamentalmente a cartilagem das articulações - que funciona como amortecedor e lubrificante para garantir os movimentos - e provoca dor, rigidez, limitação de movimentos e, em fases mais avançadas, deformações.

“Não existe um medicamento eficaz para o tratamento da artrose, que afeta milhões de pessoas e cada vez mais, porque a população está a envelhecer”, revelou à agência Lusa Alexandrina Mendes, coordenadora da avaliação farmacológica do estudo, que visa desenvolver um medicamento “capaz de travar a doença e promover a regeneração do tecido da cartilagem”.
A investigadora afirmou que o composto identificado demonstrou uma “forte seletividade para a cartilagem, não atuou num leque de outras células do organismo”, o que é “um bom indicador de que não provoca efeitos colaterais”.

“São resultados bastante promissores, mas são ainda necessários muitos passos até podermos chegar a um medicamento”, disse, sublinhando a “importância da realização de ensaios com animais, para comprovação da eficácia e de que não há efeitos tóxicos”.

Além do alfa-pineno, a investigação permitiu ainda a identificação de um “conjunto de óleos essenciais de plantas da flora ibérica”, mais concretamente de plantas endémicas de algumas regiões de Portugal (como Quiaios, na Figueira da Foz, e Serra da Estrela), “com moléculas bastante ativas sobre a doença articular crónica mais comum”.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoartrose é “uma das 17 doenças prioritárias na área da prevenção e tratamento”, refere a nota hoje divulgada pela UC.
“A evolução da doença é um processo longo com custos diretos (consultas, medicamentos, cirurgia) e indiretos (produtividade reduzida e absentismo laboral) muito elevados, tanto para o doente como para o Serviço Nacional de Saúde”, conclui Alexandrina Mendes. J.N.

Contra a Ansiedade

"Quem sofre antes de tempo sofre mais do que o devido"

CONTRA A ANSIEDADE


Sempre que te aconteça alguma coisa contrária à tua expectativa diz a ti mesmo que os deuses tomaram uma decisão superior! Com semelhante disposição de espírito, nada terás a temer. Esta disposição de espírito consegue-se pensando na instabilidade da vida humana antes de a experimentarmos em nós, olhando para os filhos, a mulher, os bens como algo que não possuiremos para sempre, e evitando imaginarmo-nos mais infelizes um dia que deixemos de os possuir.
Será a ruína do espírito andarmos ansiosos pelo futuro, desgraçados antes da desgraça, sempre na angústia de não saber se tudo o que nos dá satisfação nos acompanhará até ao último dia; assim, nunca conseguiremos repouso e, na expectativa do que há-de vir, deixaremos de aproveitar o presente.
Situam-se, de facto, ao mesmo nível a dor por algo perdido e o receio de o perder. Isto não quer dizer que te esteja incitando à apatia! Pelo contrário, procura evitar as situações perigosas; procura prever tudo quanto seja previsível; procura conjecturar tudo o que pode ser-te nocivo muito antes de que te suceda, para assim o evitares. Para tanto, ser-te-á da maior utilidade a autoconfiança, a firmeza de ânimo apta a tudo enfrentar.
Quem tem ânimo para suportar a fortuna é capaz de precaver-se contra ela; mas nada de angústias quando tudo estiver tranquilo!
O cúmulo da desgraça e da estupidez está no medo antecipado: que loucura é esta, ser infeliz antecipadamente? Em suma, para numa palavra te resumir o que eu penso e te descrever como são estes homens que, à força de se preocuparem, só conseguem fazer mal a si próprios: tanta falta de moderação eles mostram em plena desgraça como antes dela!
Quem sofre antes de tempo sofre mais do que o devido; uma mesma incapacidade leva-o a não prever a presença da dor onde não a espera; uma mesma imoderação fá-lo imaginar permanente a sua felicidade, imaginar que os bens que o acaso lhe deu não só hão-de perdurar como também de multiplicar-se; esquecido do trampolim que é a vida humana, convence-se de que no seu caso, por excepção, o acaso deixará de se fazer sentir.

Séneca

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DISFAGIA


O QUE É
A disfagia é a dificuldade de deglutição, ou seja, no transporte de líquidos, sólidos, ou ambos da faringe para o estômago.
A disfagia não deve ser confundido com a sensação de "nó na garganta", uma sensação de ter um caroço na garganta, que não está relacionada com a deglutição e ocorre sem a função do transporte dos alimentos prejudicada.

COMPLICAÇÕES
A disfagia pode levar a aspiração traqueal do material ingerido, secreções orais, ou ambos. A aspiração pode causar pneumonia aguda; aspiração recorrente pode eventualmente levar a uma doença pulmonar crónica.
Disfagia prolongada leva muitas vezes a alimentação inadequada e emagrecimento.

ETIOLOGIA
A disfagia é classificada como orofaríngea ou esofágica, dependendo de onde ocorre.

A disfagia orofaríngea: A disfagia orofaríngea é a dificuldade de esvaziamento de material da orofaringe para o esófago, que resulta de uma função anormal proximal ao esófago.
Os pacientes referem dificuldade em iniciar a deglutição, regurgitação nasal e aspiração traqueal seguida de tosse.

Na maioria das vezes, a disfagia orofaríngea ocorre em pacientes com problemas neurológicos ou distúrbios musculares que afetam músculos esqueléticos.

Algumas causas de disfagia orofaríngea

Doença de Parkinson
Esclerose múltipla
Alguns distúrbios do neurónio motor (esclerose lateral amiotrófica, paralisia bulbar progressiva, paralisia pseudobulbar)
Poliomielite
Miastenia gravis
Dermatomiosite
Distrofia muscular
Incoordenação cricofaríngea

A disfagia esofágica é a dificuldade de passagem de alimentos para o esófago. É o resultado de uma alteração na motilidade ou uma obstrução mecânica

Algumas causas de disfagia esofágica

Distúrbio de motilidade
Acalasia
Espasmo esofágico difuso
A esclerose sistémica
A esofagite eosinofílica
Estenose péptica
Cancro do esófago
Compressão extrínseca (por exemplo, causada por uma aurícula esquerda aumentada, um aneurisma da aorta, uma artéria subclávia [chamados disfagia lusoria], uma tiróide subesternal, uma exostose óssea cervical, torácica ou um tumor)
Ingestão cáustica

AVALIAÇÃO
História: a história da doença actual começa com a duração dos sintomas e tipo de início dos sintomas.
Os pacientes devem descrever que substâncias causam dificuldade em deglutir e onde sentem a localização da perturbação. É importante saber se os pacientes têm dificuldade em engolir sólidos, líquidos ou ambos; se a comida sai pelo nariz; se babam ou há derramamento de alimentos da sua boca, e se ao comer têm tossir ou se se engasgam.

Na revisão dos sintomas o médico deve-se concentrar nos sintomas sugestivos de doença neuromuscular, compressão extrínseca e doenças do tecido conjuntivo e na presença de complicações.
Sintomas importantes neuromusculares incluem fraqueza e fatigabilidade fácil, marcha ou distúrbio do equilíbrio, tremores e dificuldades na fala.
Importantes sintomas gastrointestinais incluem azia ou desconforto no peito e outros sugestivos de refluxo.
Os sintomas de doenças do tecido conjuntivo incluem dores musculares e articulares, fenómeno de Raynaud e alterações a nível da pele (por exemplo, erupções cutâneas, inchaço, espessamento).

EXAME FÍSICO: o exame físico concentra-se em achados sugestivos de doença neuromuscular, compressão extrínseca e doenças do tecido conjuntivo e na presença de complicações.

O exame geral deve avaliar o estado nutricional (incluindo o peso do corpo). Um exame neurológico completo é essencial, com atenção a qualquer tremor de repouso, os nervos cranianos e avaliação da força muscular.
Os pacientes que descrevem cansaço fácil devem ser observados realizando uma acção repetitiva (por exemplo, piscando, contando em voz alta) para um decréscimo rápido no desempenho.
A marcha do paciente deve ser observada e o equilíbrio deve ser testado.
A pele é examinada para observar mudanças a nível do espessamento ou textura, particularmente na ponta dos dedos.
Os músculos são inspecionados para observação de atrofias e fasciculações.
O pescoço é observado e inspeccionado para verificar alterações da tiróide, adenomegalias ou outras alterações.

SINAIS DE ALERTA
Qualquer disfagia é uma preocupação, mas alguns resultados são mais urgentes:

Os sintomas de obstrução completa (por exemplo, babando, incapacidade de engolir qualquer coisa);
Disfagia, resultando em perda de peso;
Déficit neurológico focal, fraqueza muscular.

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS:
A disfagia que ocorre em conjunto com um evento agudo neurológico é provavelmente o resultado desse evento; aparecimento de disfagia num paciente estável pode indicar um distúrbio neurológico de longa duração e pode ter outra etiologia. Disfagia para sólidos por si só sugere obstrução mecânica, no entanto, um problema com ambos, sólidos e líquidos é inespecífica. Babar e derramar os alimentos da boca, regurgitação nasal ao comer sugere uma disfunção orofaríngea.
Regurgitação de uma pequena quantidade de alimentos resultante de uma compressão lateral do pescoço é virtualmente diagnóstico de divertículo da faringe.

Muitos achados sugerem distúrbios específicos.
Alguns resultados são úteis para estabelecer a causa da disfagia, mas são de diferentes sensibilidade e especificidade e, portanto, não descartam uma determinada causa, no entanto, eles podem orientar os testes.

CAUSAS POSSÍVEIS DE DISFAGIA
Tremor, ataxia, distúrbio do equilíbrio;
Doença de Parkinson;
Miastenia gravis
Fasciculações muscular, emagrecimento, fraqueza muscular;
Doença do neurónio motor, miopatia;
Disfagia rapidamente progressiva, constante, sem achados neurológicos;
Obstrução esofágica, possivelmente cancro;
Sintomas de refluxo gastroesofágico;
Estenose péptica;
Disfagia intermitente;
Anel inferior do esófago ou espasmo esofágico difuso;
Progressão lenta (meses a anos) de disfagia para sólidos e líquidos, às vezes com regurgitação nocturna;
Acalasia;
Massa cervical, tireomegalia;
Compressão extrínseca;
Exantema eritematoso de Dusky, sensibilidade muscular aumentada;
Dermatomiosite;
O fenómeno de Raynaud, artralgias, pele que aperta / contracturas dos dedos;
A esclerose sistémica;
Dispnéia, tosse, congestão pulmonar;
A aspiração pulmonar.

EXAMES COMPLEMENTARES: um rx esofágico (com um bolus sólido de bário, geralmente uma massa ou comprimido) deve ser feito. Se este teste mostra obstrução deve realizar-se endoscopia (e, possivelmente, biópsia) para excluir malignidade.
Se o bário é negativo ou sugestivos de um distúrbio de motilidade, os estudos da motilidade esofágica devem ser efectuadas.
Outros testes para causas específicas são feitas, conforme sugerido pelos resultados.

TRATAMENTO

O tratamento é dirigido para a causa específica. Se ocorre obstrução completa , uma endoscopia digestiva alta é essencial.
Se uma estenose, anel ou acalásia é encontrado, a dilatação endoscópica cuidadosa é realizada.
Os pacientes com disfagia orofaríngea podem beneficiar da avaliação por um especialista em reabilitação. Às vezes os pacientes beneficiam com a mudança de posição da cabeça enquanto comem, reconversão dos músculos da deglutição, fazendo exercícios que melhoram a capacidade de acomodar um bolo alimentar na cavidade oral, ou fazendo exercícios de força e coordenação para a língua.
Pacientes com grave disfagia e aspiração recorrente pode requerer um tubo de gastrostomia.

DISFAGIA NOS MAIS IDOSOS/ ligada ao envelhecimento
A mastigação, deglutição, degustação e comunicação exigem a função neuromuscular intacta, a coordenacção da boca, face e pescoço.

O Declínio da função pode ter muitas manifestações:

Redução da força muscular mastigatória e coordenação é comum, especialmente entre os pacientes com próteses parciais ou completas, e pode levar a uma tendência de engolir partículas maiores de alimentos, que podem aumentar o risco de asfixia ou aspiração.
A flacidez da face inferior e lábios causadas por diminuição do tonus muscular, em pessoas desdentadas, reduz o apoio do osso, é uma preocupação estética e pode levar a sialorréia, derramamento de alimentos e líquidos, dificuldade de fechar os lábios enquanto comem, dormem ou descansam. Sialorréia (vazamento de saliva) é muitas vezes o primeiro sintoma.
A dificuldade em engolir aumenta e leva mais tempo para transportar alimentos de boca e orofaringe, o que aumenta a probabilidade de aspiração.
Também relacionadas com a idade , as causas mais comuns de distúrbios motores orais são distúrbios neuromusculares (por exemplo, neuropatias causadas por diabetes, nervos cranianos, acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla).
Causas iatrogênicas também contribuir. Medicamentos (p.ex., anticolinérgicos, diuréticos), radioterapia de cabeça e pescoço e quimioterapia podem prejudicar muito a produção de saliva. Hipossalivação é uma das principais causas de deglutição atrasada e prejudicada.

A disfunção motora oral é melhor gerida com uma abordagem multidisciplinar.
Especialistas em prótese dentária, medicina de reabilitação, fonoaudiologia, otorrinolaringologia, gastroenterologia podem ser necessários.

PONTOS CHAVE
Todos os pacientes com queixa de disfagia esofágica devem ser submetidos a endoscopia digestiva alta para descartar o cancro.
Se a endoscopia digestiva alta é normal, biópsias devem ser obtidas para excluir esofagite eosinofílica.
O tratamento dirigido para a causa da disfagia. JN

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Hayley Williams

É incrível a paz que a música traz às nossa vidas.
Parece até que ela te faz esquecer o mundo
e todas as pessoas medíocres que vivem nele,
mas é só você apertar o stop e você percebe
que os seus problemas só estavam no pause.


Hayley Williams
VAPOR de peróxido de hidrogénio como desinfetante químico eficaz
Artigo de Daniel Salamon, for Excerpta Medica

"O vapor é virucida contra vírus entéricos e respiratórios"

Introdução
Estudos epidemiológicos sugerem que a transmissão de vírus entéricos e respiratórios presentes nas casas e nos ambientes de tratamento de saúde é importante na disseminação de doenças.
Este artigo apresenta os result...ados de um estudo realizado para avaliar as propriedades químicas de um desinfetante feito à base de vapor de peróxido de hidrogénio (VPH) contra vírus respiratórios e entéricos.
Poliovírus, norovírus humano genogrupo II.4, norovírus murino 1, rotavírus, adenovírus e vírus da gripe A (H1N1) foram secos em bandejas de aço inoxidável, madeira e gaze e expostos ao VPH a 127 ppm por 1 hora sob temperatura ambiente num isolador. Além disso, o poliovírus foi exposto ao VPH em locais diferentes de uma sala. O efeito virucida do VPH foi medido comparando-se as titulações virais recuperáveis com os controles não expostos, sendo usadas reações de cadeia de polimerase para avaliar o efeito do VPH na redução do genoma viral.
A exposição à desinfecção por VPH resultou em total inativação de todos os vírus testados em bandejas de gaze; uma redução superior a 4 log10 em partículas infecciosas para poliovírus, rotavírus, adenovírus e norovírus murino em bandejas de aço inoxidável e madeira; e uma redução superior a 2 log10 para o vírus da gripe A em bandejas de aço inoxidável e madeira.
A total inativação do poliovírus foi demonstrada nos locais abertos da sala.
Mensagem importante
“O VPH pode ser um virucida eficaz contra vírus entéricos e respiratórios que contaminam os ambientes das casas”. JN

terça-feira, 3 de abril de 2012

DÉFICE DE ATENÇÃO

A "doença" da falta de atenção significa que a criança tem períodos de atenção escassos ou breves e uma impulsividade exagerada para a idade, tenha ou não hiperactividade.

Este problema afecta, aproximadamente, 5 % ou 10 % das crianças em idade escolar e é 10 vezes mais frequente em rapazes do que em raparigas. Vários sinais deste problema costumam descobrir-se antes dos 4 anos e invariavelmente antes dos 7, mas podem resultar insignificantes até à epoca do ensino intermédio.

Este problema geralmente é hereditário. Investigações recentes indicam que é provocado por anomalias nos neurotransmissores (as substâncias que transmitem os impulsos nervosos dentro do cérebro). O défice de atenção é frequentemente reforçado pelo ambiente familiar ou escolar.

SINTOMAS

O défice de atenção consiste basicamente em ter problemas de atenção contínua, de concentração e de persistência nas tarefas. Uma criança que sofre desta perturbação também pode ser impulsiva e hiperactiva. Muitas crianças que têm a "doença" e estão na idade pré-escolar são ansiosas, têm problemas de comunicação e relacionamento e não se comportam de forma conveniente. Durante as últimas etapas da infância estas crianças costumam mexer constantemente as pernas, agitar e esfregar as mãos, falar impulsivamente, esquecer facilmente as coisas e são desorganizadas, mas em geral não são agressivas. Aproximadamente 20 % das crianças com défice de atenção tem incapacidades de aprendizagem e cerca de 90 % têm problemas nos resultados escolares. Em cerca de 40 % dos casos as crianças são depressivas, ansiosas e hostis quando atingem a adolescência. Perto de 60 % das crianças pequenas manifestam este tipo de problema através de birras e a maioria das crianças mais velhas tem uma baixa tolerância à frustração. Embora a impulsividade e a hiperactividade tenham tendência a diminuir com a idade, a falta de atenção e os sintomas associados podem permanecer até à idade adulta.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico baseia-se na quantidade, frequência e gravidade dos sintomas. O diagnóstico costuma ser difícil, pois depende do julgamento do observador. Além disso, muitos sintomas não dizem respeito somente a crianças com défice de atenção, já que uma criança que não sofre deste distúrbio pode ter um ou mais dos sintomas citados.

TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

Os fármacos psicoestimulamntes são o tratamento mais eficaz. O tratamento com medicamentos costuma combinar-se com uma terapia comportamental realizada por um psicólogo infantil. Necessitam-se frequentemente estruturas, sistemas e técnicas adaptados a cada circunstância. No entanto, para as crianças que não são demasiado agressivas e que vêm de um ambiente familiar estável, pode ser só suficiente um tratamento com medicamentos.

O metilfenidato é o medicamento que se receita mais frequentemente. Revelou-se mais eficaz do que os antidepressivos, do que a cafeína e outros psicoestimulantes e provoca menos efeitos colaterais do que a dextroanfetamina. Os efeitos colaterais mais frequentes do metilfenidato são as alterações do sono, por exemplo a insónia, e a perda de apetite; outros efeitos podem ser depressão ou tristeza, dores de cabeça, dor de estômago e hipertensão arterial.
O metilfenidato pode atrasar o crescimento quando se toma em doses elevadas durante um longo período de tempo.

As crianças com défice de atenção não costumam, geralmente, ultrapassar as suas dificuldades. Os problemas que se manifestam ou persistem na adolescência e na idade adulta incluem o fracasso escolar, pouca auto-estima, ansiedade, depressão e dificuldades em ter um comportamento social adequado. As pessoas que sofrem de défice de atenção aparentam adaptar-se melhor às situações laborais do que às escolares.
Quando o défice de atenção não é tratado, o risco de abuso de álcool ou de estupefacientes e a percentagem de suicídios podem ser mais elevados do que na população em geral.

SINTOMAS DA PERTURBAÇÃO DE DÉFICE DE ATENÇÃO

O diagnóstico do défice de atenção requer que a criança manifeste com frequência pelo menos 8 dos seguintes sintomas.

Esfrega com frequência as mãos ou os pés ou mexe-se no assento (inquietação).
Tem dificuldade em permanecer sentada quando lhe é exigido que o faça.
Distrai-se facilmente com estímulos estranhos.
Tem dificuldade em esperar a sua vez nos jogos ou nas situações de grupo.
Costuma deixar escapar impulsivamente as respostas antes de as perguntas terem sido terminadas.
Tem dificuldade em seguir as instruções dos outros, apesar de as entender e de não ser sua intenção ir contra.
Tem dificuldade em manter a atenção nas tarefas ou nas actividades do jogo.
Costuma deixar uma tarefa incompleta para iniciar outra.
Tem dificuldade em brincar tranquilamente.
Fala com frequência excessivamente.
Interrompe ou aborrece os outros com frequência.
Não parece com frequência ouvir o que lhe dizem.
Perde frequentemente as coisas necessárias para as tarefas ou para as actividades na escola ou em casa.
Dedica-se com frequência a actividades fisicamente perigosas sem considerar as possíveis consequências.JN

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sleep



So
Sleep, sugar, let your dreams flood in
Like waves of sweet fire, you're safe within
Sleep, sweetie, let your floods come rushing in
And carry you over to a new morning

http://www.youtube.com/watch?v=ndPEQqqURXU

A minha grande ideia




http://sicnoticias.sapo.pt/programas/thenextbigidea/article1465312.ece

Mariscal






http://vimeo.com/17188696
Há doentes com cancro a deixar de se tratar por dificuldades económicas


O presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, diz, em declarações ao jornal Público, que lhe têm chegado “informações, sem carácter oficial, de que há doentes com cancro a faltar a consultas e a tratamentos de rádio e de quimioterapia, devido a dificuldades económicas”.

Carlos Oliveira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), confirma ao Público que uma parte dos 2,6 milhões de euros gastos em 2011 na “humanização do apoio ao doente” foram aplicados no pagamento de transporte. Ambos se dizem preocupados.

O primeiro pede razoabilidade e bom senso na aplicação das leis; o segundo solicita apoio, em dinheiro, à população.

Há cerca de meio ano, quando foi internado em Coimbra para mais uma sessão de quimioterapia, Luís Cardona, de 46 anos, residente na Covilhã, descobriu que não teria como regressar a casa. Depois do tratamento, que por ser especialmente agressivo o obrigava a dormir no Instituto Português de Oncologia (IPO), a médica disse-lhe: “Não sei como é que amanhã vai para casa… Infelizmente, não podemos arranjar transporte”.

Luís tem dificuldade em expressar o que sentiu. Estava na fase em que tinha muito medo (diz que o medo “era muito maior antes da cirurgia”); antevia o mal-estar que em breve o ia derrubar; não conhecia uma única pessoa em Coimbra; estava a 200 quilómetros de casa; e tinha dez euros no bolso. Disse à médica: “Aqui é que não fico”. Mas “foi da boca para fora”. Não sabia o que fazer: faltou-lhe o ar, tal a sensação de abandono. Passou assim uma noite. Depois, teve “sorte”. Dos serviços de acção social do IPO, mandaram-no para o gabinete da LPCC. A assistente social acalmou-o. Dar-lhe-ia dinheiro para o autocarro e quando regressasse para novo tratamento, deveria trazer prova dos rendimentos e ela daria o suficiente para outra viagem de ida e volta.

Isso significava quatro horas para lá e quatro horas para cá, o dobro do que demorava de ambulância. Luís, finalmente, inspirou: “Foi como se em vez de dinheiro ela me tivesse dado um balão de oxigénio”.

O que é que aconteceu entre a última requisição de transporte em ambulância e aquela tarde? Os arquivos não indicam qualquer alteração legislativa naquela altura. E pode até não ter acontecido nada de significativo, diz o presidente do Colégio de Oncologia.

“Não tenho conhecimento de que, em qualquer instituição, tenha sido dada uma ordem directa para restringir as requisições de transporte. O que sei, oficiosamente, é que de mês para mês se tem adensado a pressão no sentido de as limitar ao mínimo indispensável; e também que as regras variam consoante o estabelecimento, as mudanças das administrações e as épocas do ano”, diz Jorge Espírito Santo ao Público.

A legislação em vigor, do fim de 2010, limitou o pagamento de deslocações à insuficiência económica ou incapacidade física por motivos clínicos. A queda de requisições, na altura, provocou uma onda de indignação entre corporações de bombeiros.

De então para cá, a confusão sobre quem tem direito a quê e em que circunstâncias só se agravou.

Crise não justifica tudo

A regulamentação do diploma, em Maio, não clarificou a situação, a alteração feita no final de 2011 introduziu mais ruído e o resultado dos avanços e recuos nas recentes negociações entre Governo e bombeiros ainda não tomou forma de lei. “Quando isso acontecer, continuará a não bastar”, diz Jorge Espírito Santo, que pede “bom senso, razoabilidade e cuidado na análise de cada caso”, porque “nenhuma crise justifica que certos limites sejam ultrapassados”.

“Será difícil entender que a crise, que tem deixado tanta gente em situações tão graves, tem reflexos ainda mais sérios na vida de um doente com cancro? Que esta é uma doença que debilita toda a família? Que é ela própria causa de desemprego e de dificuldade em arranjar emprego? Que muitas vezes alguém tem de se despedir [do emprego] para apoiar o familiar doente?”, pergunta o presidente da LPCC.

Luís Cardona, por exemplo, não tinha dificuldades, diz a lei. Ele ganhava 600 euros, a mulher o ordenado mínimo. Acontece que “é preciso fazer contas ao resto”, explica — à prestação da casa; ao preço dos medicamentos; ao custo da alimentação; aos gastos com manuais escolares e com roupa e calçado para o filho; à água, à luz e ao gás; e até à depressão da mulher que, depois de meses de luta, teve de meter baixa, também. “Se não fosse a ajuda da liga, de onde viriam os cem euros para as viagens?”, pergunta.

Manuela Proença, que tem cancro da mama, vive mais perto de Coimbra — em Aveiro. Nos primeiros tempos deslocou-se de ambulância. Primeiro legalmente, depois à boleia, com outros doentes. Até que, um dia, os bombeiros lhe disseram que “não podiam continuar a arriscar”. Foi então que pediu à médica que lhe passasse uma requisição. Ela disse que não, que fisicamente Manuela estava capaz de andar em transportes públicos. E Manuela — que só quando teve cancro descobriu que a patroa não fizera os descontos para a Segurança Social — não explicou que os 187 euros que recebia de Rendimento Social de Inserção não chegavam, sequer, para pagar a prestação da casa.

Como Luís, Manuela diz que teve “sorte”. Indicaram-lhe o gabinete da LPCC. Numa primeira fase, a assistente social deu-lhe dinheiro para o transporte. Depois, quando se apercebeu de que ela estava em risco de perder a casa e de que não se alimentava devidamente, abriu outro processo, para o chamado apoio de segunda linha, e passou a dar-lhe 250 euros por mês. “Foi o que me valeu para endireitar a vida”, diz Manuela.

Ainda está a fazer radioterapia, mas já arranjou emprego e pagou quase “todas as dívidas”. Passou a receber da LPCC apenas 100 euros e está prestes a poder dizer que já não precisa deles.

Vamos precisar de dinheiro

Manuela e Luís querem que as pessoas saibam “para onde vão os seus donativos” e como eles podem ser decisivos. “Ver, não vi. Mas várias vezes ouvi falar, no IPO, que havia gente a falhar consultas e tratamentos por falta de dinheiro”, conta Luís.

O presidente da LPCC prefere não comentar: “Falo do que sei e disso não sei. Mas estou muito, muito assustado com o que vai acontecer neste ano de 2012”.

“Se há um ano apareciam seis pessoas por dia, agora aparecem dezasseis”, conta Margarida Costa, a assistente social da liga que trabalha no IPO. Uma das pessoas que apareceram foi P., de 38 anos. O marido, que trabalhava na construção civil, teve um cancro no cérebro. Foi operado, passou a ter crises de epilepsia e ela teve de deixar o emprego para cuidar dele e da filha. Porque recebiam a baixa do marido e possuíam habitação própria — construída aos poucos, ao longo dos anos — não tiveram direito a qualquer apoio da Segurança Social. P. não perdoa à técnica que lhe sugeriu que se divorciassem ou que pusessem a casa em nome de terceiros, para que os pudesse ajudar. Sentiu-se à beira do precipício. E também a ela valeu a LPCC.

Carlos Oliveira encolhe os ombros quando lhe perguntam se a quase informalidade e os critérios subjectivos com que a liga distribui dinheiro não a torna vulnerável a fraudes. “Temos sistemas de controlo, mas ainda assim, mais do que dar meia dúzia de euros a quem não precisa, preocupa-me não chegar a quem precisa”, diz.

Oliveira adivinha que “o pior ainda está para vir”, porque, “como no país, em geral, também entre os doentes com cancro há pobreza envergonhada”, explica. Não tem pudor em pedir donativos: “Temos de conseguir chegar a essas pessoas e, quando isso acontecer, vamos precisar de dinheiro para as ajudar”. JN

The Gift - Black





http://www.youtube.com/watch?v=Msz8wZe_rGw&feature=related

Lambchop - Give It (live)




http://www.youtube.com/watch?v=IF_U5mP6HHE&feature=share

Lambchop - Listen




http://www.youtube.com/watch?v=R38hZJx4Q6Q&feature=share



http://www.youtube.com/watch?v=QJgGmnTl5LM&feature=share
PRIVAÇÃO DE SONO aumenta risco de diabetes, depressão, cancro e doenças cardiovasculares

A neurologista Teresa Paiva alertou sábado, no Porto, para os efeitos da redução do sono ou do dormir em excesso, associando-os a um risco aumentado de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, cancro, depressão e de acidentes, avança a agência Lusa.

“O que as pessoas têm de perceber é que para além destes efeitos orgânicos sobre a saúde, reduzir o sono tem outros efeitos muito mais complicados ao nível da cognição. As pessoas começam a pensar mal, a ter graves problemas de memória, a ter lapsos e, fundamentalmente, perdem os seus equilíbrios emocionais”, afirmou em declarações à Lusa.

Teresa Paiva, que sábado abordou no Simpósio Aquém e Além do Cérebro as “Relações mútuas entre sono, sonhos e sociedade”, salientou que “tanto a parte cognitiva, como a emocional são altamente recicladas e reorganizadas no sono e, portanto, não dormir é extremamente perigoso”.

Segundo a investigadora, os portugueses são os que se deitam mais tarde no mundo. “Setenta por cento da população vai para a cama depois da meia-noite, mas o grave não é deitarem-se tarde, é deitarem-se tarde e levantarem-se cedo”, considerou.

Na actual situação de crise, Teresa Paiva citou a sua experiência clínica e existencial para afirmar que os casos de insónia têm vindo a aumentar e as queixas apresentadas também são diferentes.

“As coisas que lhes são lesivas são diferentes das que apresentavam anteriormente. Agora, é muito mais a ameaça de desemprego, o desemprego dos filhos, o trabalho instável, o trabalho em excesso com medo de perder o emprego, os encargos financeiros ou os créditos, às vezes de familiares de quem foram fiadores”, explicou.

De acordo com a sua experiência, uma vez que ainda não há estudos científicos sobre o assunto, “os paradigmas são agora bastante diferentes dos que eram anteriormente”. Teresa Paiva considera que o clima que se vive no país é “extremamente negativo para a saúde das pessoas, que ficam deprimidíssimas com tudo o que ouvem”.

Defende, por isso, a necessidade de transmitir “mensagens de esperança”, porque “não se cura um doente dizendo-lhe que está muito mal e vai morrer. Os mecanismos de cura são iguais quer nos indivíduos quer nas sociedades, tem de se abrir a caixinha de pandora para saírem os demónios, mas também a esperança”.

“Se calhar eu e uma pessoa com insónia dormimos da mesma maneira. A única diferença é que eu não me importo minimamente e gosto da forma como durmo e ela importa-se imenso. Esta perspectiva pessimista em relação ao seu sono, vida ou ao seu país é que é lesiva e leva à doença”, exemplificou.

Assim, insiste a investigadora, “a perspectiva que se tem sobre as coisas e a mudança de comportamentos são muito importantes. Devem assumir-se bons comportamentos de saúde, como dormir as horas necessárias e de forma regular, comer bem, fazer exercício físico, que não seja à noite, e reduzir a actividade excessiva”.

“Se eu quisesse via doentes até a meia-noite, mas não aguentaria. A pressão da sociedade não nos tornou mais ricos nem nos tornou felizes”, frisou.

As perturbações do sono situam-se entre as perturbações cerebrais mais dispendiosas na Europa. Em 2010, foram gastos 35,4 mil milhões de euros, ocupando a 9.ª posição num grupo de 19 perturbações.

A neurologista defende que a sociedade e os serviços de saúde são obrigados a prestar atenção aos números actuais.

“No caso de não ser desencadeada qualquer acção, as actuais influências entre sociedade, sono e sonhos podem resultar num cenário dramático: os indivíduos esforçados e lutadores podem tornar-se depressivos, esquecidos e doentes e transformar-se em cidadãos incapazes de agir e cooperar de modo eficiente com a sociedade actual, altamente exigente”, sustentou.

Esta investigadora tem-se manifestado contra o excessivo consumo de medicamentos para dormir. “Há estudos que provam que quem toma regularmente hipnóticos sofre um aumento do risco de morte precoce e de cancro”, afirmou. JN