terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ALGUMAS PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE CANCRO

1- O que é uma recidiva (ou recorrência) do cancro?

Quando se fala em "recidiva", "recorrência" ou "progressão" do cancro, significa que o cancro voltou a “aparecer”, com sinais e/ou sintomas, mesmo nos casos em que foi “tratado” anteriormente.

O tratamento das recidivas de cancro depende, essencialmente, da sua localização e extensão, bem como do tipo... de tratamento anterior.

Se houver recidiva do cancro noutras partes do organismo - metastização à distância - o tratamento pode envolver diferentes opções terapêuticas, como a quimioterapia ou a hormonoterapia.

Nos casos de metastização à distância, a radioterapia pode, essencialmente, ajudar a controlar tumores que metastizem para o osso e a diminuir a dor, em determinadas localizações.


2- O que são cuidados paliativos?

Em algumas situações, recorre-se apenas aos "cuidados paliativos", cujo objectivo já não é curar o cancro, mas sim aliviar os sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida da pessoa com cancro, através do controlo da dor, do alívio dos efeitos secundários dos tratamentos, como as náuseas, os vómitos e outros sintomas, claramente incomodativos no dia-a-dia de uma pessoa com cancro. Estes tratamentos - tratamentos de suporte - podem ser utilizados em simultâneo com outros tratamentos para o cancro, cujo objectivo será tentar desacelerar a progressão da doença.

Deve proporcionar-se a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e aos seus familiares. São cuidados de saúde activos e rigorosos, que combinam ciência e humanismo.

Os cuidados paliativos ajudam a pessoa a sentir-se melhor, física e emocionalmente.

Para perceber melhor o que são cuidados paliativos ou esclarecer qualquer dúvida, visite o site da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos


3- Poderei participar em ensaios clínicos que estejam a decorrer?

Os ensaios clínicos, em oncologia, são estudos de investigação realizados em voluntários, cujo objectivo é estudar novas abordagens no tratamento do cancro.

Os ensaios clínicos são uma opção importante para muitas pessoas com cancro.

As pessoas com cancro que participam em ensaios clínicos, têm a possibilidade de, em primeira-mão, poder beneficiar de novos tratamentos que já se mostraram promissores, nas etapas anteriores da investigação.

Actualmente, existem ensaios clínicos em todos os estadios do cancro da próstata; a possível participação em ensaios que estejam a decorrer, poderá ser equacionada e discutida com o seu médico.


4- Como será a recuperação do cancro da próstata?

Em todas as etapas da doença, é importante manter uma atitude positiva: tudo será mais fácil de ultrapassar!

O período de recuperação das pessoas em tratamento é muito importante, e varia de acordo com as características individuais, com a extensão da doença e o tratamento recebido. Este período começa imediatamente após o tratamento inicial (cirurgia, radioterapia, hormonoterapia) e, se até aqui podia haver o receio do que iria acontecer, a partir deste momento, o importante é assegurar que tudo corre bem durante a fase seguinte - a recuperação.

É importante cumprir à regra todas as indicações dadas pelo seu médico e restantes profissionais de saúde que estão a acompanhar a situação: enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social.


5- Ouvir e procurar uma segunda opinião

Depois de diagnosticado um cancro, é normal pensarmos que “isto não está a acontecer”! É normal negar e não acreditar, tal como é normal pensar que pode haver outra perspectiva de ver e avaliar a mesma situação clínica.

Antes de iniciar o tratamento, poderá querer ouvir uma segunda opinião, relativamente ao diagnóstico e ao plano de tratamento que lhe estão a propor. Inclusive, algumas seguradoras exigem uma segunda opinião para que haja comparticipação das despesas e, outras, podem cobrir os custos de uma segunda opinião, se tal for solicitado.

No entanto, pode demorar algum tempo a conseguir “consulta” para outro médico e a reunir os resultados de todos os exames médicos que fez (exames imagiológicos, lâminas da biópsia, relatório patológico e plano de tratamento proposto).

Na maioria dos casos, um breve atraso não tem um impacto significativo no “desenrolar” da situação e no seu prognóstico. No entanto, certas situações requerem tratamento imediato e urgente, pelo que é importante referir este possível atraso ao seu médico.

Nos centros de oncologia, vários especialistas trabalham em conjunto, formando uma equipa multidisciplinar que pode ser mais rápia e, eficazmente, poderá ajudá-lo.

J.N.

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