quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

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QUAIS OS EXAMES DE DIAGNÓSTICO para o cancro do pulmão?

Como em tudo na vida, é essencial que estejamos atentos ao nosso corpo, a toda e qualquer alteração que surja sem que, para tal, haja motivo aparente.

Se tivermos uma atitude proactiva na detecção de qualquer sinal ou sintoma até aqui "desconhecido" e, imediatamente, falarmos com o nosso médico estaremos, com certeza, a ajudar na detecção precoce de qualquer possível problema, mesmo que não seja cancro.

Como poderá imaginar, é fundamental que o diagnóstico de qualquer tipo de cancro seja feito o mais precocemente possível: aumenta a hipótese de cura e pode evitar que o cancro se espalhe – metastize – para outras partes do corpo. Desta forma, estamos a favorecer o prognóstico da situação, a recuperação e a reabilitação.

O acompanhamento médico regular de qualquer pessoa é essencial: só assim poderá ser estabelecido um plano individual e personalizado de consultas e possíveis exames a realizar.

Para poder fazer o "quadro" completo da sua situação, provavelmente o seu médico irá falar consigo, fazer algumas perguntas relacionadas com a sua história clínica pessoal e familiar (para poder equacionar a possível presença de determinados factores de risco), bem como fazer um exame físico. Poderá, ainda, pedir-lhe que faça análises, exames imagiológicos (como raio-X torácico) ou qualquer outro exame que seja necessário para esclarecer o diagnóstico.

Deverá levar para a consulta e mostrar ao seu médico qualquer exame que tenha realizado previamente, mesmo que lhe pareça irrelevante e não relacionado com a actual situação.

Depois de avaliar estes exames, o seu médico, de acordo com a situação global, poderá decidir não fazer quaisquer exames adicionais, nem mesmo tratamento.

SE HOUVER SUSPEITA DE CANCRO DO PULMÃO, poderá ter que fazer uma citologia da expectoração (exame microscópico das células obtidas a partir de uma amostra de expectoração): este exame é simples de realizar, mas é pouco usado actualmente.

Para confirmar a presença de cancro do pulmão, o médico necessita de fazer uma biópsia, ou seja, colher uma pequena amostra de tecido, para ser examinada ao microscópio por um patologista – médico especialista na análise celular.

Existem diferentes procedimentos para a obtenção deste tecido, como sejam:

Broncoscopia: o médico insere um broncoscópio (um tubo fino e iluminado) na boca ou no nariz, que desce através da traqueia, para observar os brônquios. Através deste tubo, o médico pode recolher células ou pequenas amostras de tecido.

Biópsia aspirativa por agulha: insere-se através do tórax uma agulha, geralmente sob controle radiológico com TAC e colhe-se um fragmento de tumor.

Toracocentese: através de uma agulha que se insere no tórax, até à cavidade pleural, é colhida uma amostra de líquido, para procurar células cancerosas.

Toracotomia: em alguns casos, pode ser necessária uma operação (no hospital) para "abrir" o tórax, para poder diagnosticar o cancro do pulmão.

Análises clínicas ou exames laboratoriais

As análises ao sangue, urina e outros fluidos, podem ajudar o médico a fazer o diagnóstico de qualquer situação que não seja normal: permitem demonstrar como é que um determinado órgão como, por exemplo, o pulmão ou o rim, está a desempenhar a sua função.

Não podemos ser alarmistas: regra geral, ter resultados laboratoriais anómalos não significa que temos cancro.

O seu médico, para estabelecer o diagnóstico de cancro do pulmão, não pode ter apenas resultados de análises clínicas. Como tal, vão ser necessários outros exames, bem como uma biópsia, para confirmar se é, realmente, cancro e qual o tipo de células presentes.


Exames imagiológicos

Os exames que recorrem à imagem de determinadas áreas do corpo são muito úteis, pois ajudam o seu médico a detectar a presença de inúmeras situações anómalas, incluindo a possível presença de um tumor.

As imagens podem ser obtidas de diversas formas:

Radiografia (raio-x): forma mais comum de ver os órgãos e ossos.

TAC (tomografia computorizada): através de uma máquina especial de raios-X, são obtidas uma série de imagens detalhadas dos órgãos que se pretende analizar e, depois, são processadas num computador; para melhor visualização das imagens, podem ser injectados ou ingeridos líquidos, que vão servir de contraste. A utilização do computador permite uma visualização mais detalhada dos órgãos internos do nosso corpo.

Cintigrafia óssea: é injectada uma pequena quantidade de substância radioactiva, que entra na corrente sanguínea e se vai fixar nas zonas de anomalias ósseas. Através de um aparelho chamado scanner, a radioactividade é detectada e medida. Depois, com a ajuda de um computador que processa esta informação, são apresentadas imagens do esqueleto. O nosso organismo elimina rapidamente a substância radioactiva.

Mediastinoscopia: a mediastinoscopia pode ajudar a determinar se o tumor metastizou para os gânglios linfáticos do tórax. Usando um tubo de observação iluminado - sonda, o médico examina a região central do tórax (mediastino), bem como os gânglios linfáticos vizinhos. Em qualquer dos procedimentos, é possível fazer a colheita de fragmentos de tecido. Este exame é feito com anestesia geral.

Ultra-sons (ecografia): meio de diagnóstico que utiliza ondas sonoras de alta frequência (ultra-sons) para produzir imagens dos órgãos existentes no interior do corpo.

RM (ressonância magnética): através de ondas de rádio e de um íman, com a ajuda de um computador, são criadas imagens detalhadas do organismo ou de determinadas partes. Regra geral, é injectado numa veia um líquido chamado gadolineo, para aumentar o contraste e melhorar a definição das imagens dos órgãos.

Estudo por PET (tomografia por emissão de positrões): neste exame, é injectada uma pequena quantidade de glucose (açúcar que as células usam como alimento) radioactiva, que se vai fixar nas células mais activas - geralmente, nas zonas onde há elevada actividade celular, onde se incluem as células cancerosas. Depois, faz-se uma imagem em computador, em conjunto com uma TAC. Este exame permite-nos ver a forma e a função dos órgãos. JN

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